Como gerir o dinheiro dos subsídios de férias pago em duodécimos?
Provavelmente passou a receber metade do 13º e 14º mês em duodécimos, recebendo a restante metade na altura respectiva (férias e Natal).
Agora, a questão que se coloca é: qual a melhor forma de gerir o dinheiro dos subsídios pago em duodécimos?
Considere o uso que dava anteriormente aos seus subsídios
Se recorria inevitavelmente aos seus subsídios para cobrir despesas fixas anuais – como o seguro automóvel, pagamento de IMI ou material escolar – deve ter em conta que estas despesas continuarão a existir. Como tal, todos os meses deverá procurar colocar de lado o valor dos duodécimos, retirando-o da sua conta corrente. Caso contrário poderá não ter liquidez suficiente para cobrir esta(s) despesa(s) quando surgir(em).
Tenha em conta a redução do seu rendimento mensal
Porém, dado o aumento do custo de vida e a redução do salário líquido devido à subida da carga fiscal, é preciso analisar se o seu rendimento mensal é suficiente para cobrir o seu orçamento familiar. Se for insuficiente, e não lhe for possível reduzir o orçamento familiar, então não terá alternativa senão recorrer ao valor dos duodécimos para cobrir as despesas mensais.
Defina uma estratégia de poupança
Se consegue cobrir o seu orçamento mensal e precaver-se para as despesas fixas anuais, sobrando algum rendimento, então deverá optar por uma estratégia de poupança. Uma possível estratégia consiste em:
- Constituir um fundo de emergência;
- Amortizar créditos com taxas altas;
- Investir
Constituir um fundo de emergência
Deve começar por aplicar mensalmente o valor dos duodécimos num fundo de emergência até este totalizar pelo menos o suficiente para cobrir 6 vezes o seu orçamento mensal. Escolha preferencialmente um depósito a prazo que possa ser liquidado a qualquer momento e que aceite reforços, para onde deve transferir o valor que consegue poupar mensalmente.
Amortizar créditos com taxas altas
Depois de constituído o fundo de emergência, pode utilizar os seus duodécimos (ou o valor total que consegue poupar todos os meses) para ir amortizando os seus créditos, começando por aqueles com as taxas (TAEG) mais altas. Sempre que amortiza, o capital em dívida diminuirá. Isto significa que no mês seguinte a sua prestação diminuirá, aumentando consequentemente o valor que consegue poupar todos os meses. Se continuar a aplicar esta estratégia todos os meses, ao fim de algum tempo os encargos com créditos diminuirão drasticamente.
Embora seja improvável, pode encontrar aplicações de baixo risco com rentabilidade superior à TAEG do seu crédito. Neste caso, em vez de amortizar o seu crédito, poder-lhe-á compensar investir os duodécimos neste tipo de aplicações. É, no entanto, uma situação rara com a qual não deverá contar.
Investir
Se não tiver créditos para amortizar, deve então procurar aplicar os seus duodécimos em produtos financeiros adequados ao seu perfil de risco. Optando por uma escolha conservadora, poderá aplicar os seus duodécimos em depósitos a prazo. Pode consultar uma lista regularmente actualizada dos melhores depósitos a prazo em Portugal no financaspessoais.pt.
Em resumo
Comece por ter em conta o uso que dava anteriormente aos subsídios. Se os utilizava para cobrir despesas fixas anuais deverá ajustar o seu orçamento mensal de forma a conseguir poupar o suficiente, precavendo-se para essas despesas. Se, por outro lado, o seu rendimento mensal der cobertura total ao seu orçamento familiar, deve procurar colocar o valor dos duodécimos de lado, definindo e seguindo uma estratégia de poupança.
E o leitor, como gere os seus duodécimos?
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