No investimento imobiliário, controlar despesas não é fazer mais do que cumprir as regras dos outros mundos financeiros: é algo imperativo para o sucesso a longo prazo.

Neste artigo, falo-lhe de importantes razões para controlar as despesas num portefólio imobiliário e a forma como podem ser feitas.

O meu nome é Artur Mariano e sou co-fundador da ArrowPlus, uma empresa especializada na procura de imóveis para investidores, entre outros serviços ligados ao investimento em imobiliário. Como analista e consultor imobiliário, lidei com imensos clientes na minha carreira, e descobri um padrão claro: os que se preocuparam com o controlo das despesas foram bem sucedidos, e melhor que os outros, de uma forma geral.

Hoje, eu penso que entendo exatamente como funcionam e podem ser otimizadas as finanças pessoais e a gestão de empresas, sendo que o controlo das despesas é algo absolutamente crucial nos dois.

Controlar as despesas aumenta a rentabilidade de um investimento imobiliário

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OK, isto até pode parecer óbvio, mas é mais profundo do que aquilo que possa parecer. Ao longo de anos a investir em imóveis em Portugal, apercebi-me que o controlo das despesas é a parte mais fundamental do aumento da rentabilidade de um investimento imobiliário.

A rentabilidade de um investimento imobiliário é a percentagem de capital que o investidor recebe por ano no investimento total que faz com o imóvel. Por exemplo, caso compre um imóvel por 100.000€ e receba 4.000€ em rendas anuais, então tem uma rentabilidade de 4%. Porém, a esta conta terá que adicionar as despesas que teve com o imóvel, para apurar a rentabilidade líquida. Além de impostos, falamos de manutenção, comissões para arrendar o imóvel, etc. E claro está, o valor que pagou pelo próprio imóvel é também uma despesa, e uma das despesas que pode controlar mais e que mais influencia a rentabilidade do investimento.

Comissões

A ArrowPlus lida essencialmente com portfólios de investimento médios e grandes, embora também tenha vários produtos para o pequeno investidor, especialmente numa vertente mais didática.

Nestes portfólios, o tema “comissões” é ainda mais pertinente. Em vários portfólios deste tipo, o valor pago em comissões chega a montantes muito altos, que alteram consideravelmente a rentabilidade e sustentabilidade do portfólio. No entanto, a maior parte dos donos destes portfólios são pessoas com mais de 40/50 anos e (já) não prestam atenção às despesas com o seu portfólio, nem tão pouco às comissões nas quais incorrem. Além disso, não sabem exatamente onde é que pagaram comissões nem como. É importantíssimo ter um plano e uma visão geral da forma como estão a ser pagas as comissões e para onde estão elas a ir. Caso contrário é impossível re-estruturar estes gastos por forma a otimizar o desempenho do portfólio.

Manutenção

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Quando um portfólio gasta milhares de euros em manutenção por ano, então com certeza que esses gastos podem ser altamente otimizados. No entanto, sem se perceber exatamente como é que está a ser gasto o dinheiro em manutenção, é impossível fazer um plano para melhorar os custos. Na ArrowPlus aquilo que fazemos é um levantamento extenso destes gastos, em primeiro lugar, e depois traçarmos um plano para otimizar esses mesmos gastos. Muitas vezes, esse plano passa pela contratação de uma pessoa que faça a manutenção de todo o portfólio (quando logisticamente possível). Porém para se perceber se este é o caminho certo, é necessário saber exatamente quais são os custos pagos em manutenção com o portfólio.

Fundamentalmente, aquilo que é necessário é saber qual a origem, forma e aspeto dos seus gastos, para que seja possível otimizá-los. No meu livro “Investir em imobiliário: Do 0 ao milhão” explico em detalhe as razões e as implicações deste facto.

Fundo de emergência

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Na ArrowPlus, também aconselhamos a que todos os portfólios médios e grandes tenham um fundo de maneio, ao qual chamados fundo de emergência. Este é alimentado com uma parte dos lucros líquidos do portfólio, todos os anos, e serve como resposta aos gastos do mesmo. Porém, saber exatamente quais são os custos é crucial para se determinar o tamanho do fundo, a percentagem de lucros que são alocados ao mesmo, o momento em que os fundos devem estar disponíveis, etc.

Moral da história

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No geral, é necessário conhecer exatamente a origem, forma, frequência e aspeto dos custos num portfólio imobiliário. Só assim é possível optimizar essas despesas e tomar ação. Na realidade, passa-se exatamente o mesmo nas finanças pessoais, gestão de empresas ou em outros tipos de investimento, e conhecer os custos ao detalhe. É por isso que o Boonzi tem tanto valor, na minha opinião, para estruturar as suas finanças pessoais e até assistir nos seus investimentos.

Existem detalhes simples que podem mudar o rumo de um portfólio imobiliário. Se as despesas com o portfólio forem 10.000€ anuais, basta que se otimizem 2% por ano para ter um resultado de 22% em 10 anos, ou seja uma poupança de 2.200€ anualmente. Porém, fazer isto é apenas uma questão de atitude perante as suas finanças e despesas.

Sobre o autor

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Artur Mariano, PhD é engenheiro informático de formação e tem um doutoramento em matemática aplicada (criptografia pós quântica). Co-fundou a ArrowPlus, uma consultora imobiliária que presta consultoria em todos os segmentos do mercado imobiliário e tem a missão de ajudar todos os investidores em imobiliário em Portugal, e gasta a maior parte do seu tempo a fazer investigação científica, tendo dezenas de artigos em revistas e conferências de relevo mundial.

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